NOVAS VEREDAS & AFINS!
Riscou a vidraça sem estilhaço
Laminou pecados em fitas e versos
Lacerou sentidos & outros anseios
Tocou a pele aguda com mais força
Você gemeu, era uma certa dor,
Dessas que violentam a solidão
Rasgou princípios & texturas
Encarou de frente, olhos famintos
Lampejos que fustigam a carne
Enquanto tua fremência dispara
Cada batida sentida pelo chão
Vesgas & disformes pancadas dos pés
Que se desmancham com o furor
Da lágrima que o prazer traz
Vibra pelo seio em derradeiro acesso
Voraz é boca que te alicia
Das mais tenras carnes, miríades & gozos,
Geme com a força que te penetra
Arde em densa chama, que não se aplaca,
Ao som de mais um gozo alucinado
Ah! Devorada até nos pensamentos
Se larga na alcova entre sedas & pétalas
Pede um ar, para novos jogos,
Pede um canto, para descansar a carne,
Teme não ter forças, para novas investidas,
Clareia a vidraça, do amanhecer que vem subindo,
Sente o cheiro da água, que deleita o corpo amado,
Pede mais um segundo, outro fôlego,
Pede depois uma toalha...
Água para revigorar a carne, enquanto olha para o leito,
O pirata descansa...
Um tremor sobe a espinha, pois terá mais um embate!
E este pirata apenas espera que os sais lhe sejam suficientes...
Peixão89