Em ofício de relógio
Ter sede e mastigar tempo...
Ter fome e beber-se à pré (entre)
e pós- existência ou mesmo
na desistência.
Até que de ti as glórias nem passem
De memórias. Empoeiradas...
Emparedadas entre teu passado
E futuro.
Mas agora - aqui - neste exato momento:
Um instante (em atributo às horas
Que fui em mim - chorando)
à flor mesma... E quando por eu estar
Sóbrio e já não haver mais tempo.
Ser sólida partícula-pó - mas quem me sabe
As estrelas... Os pássaros...
E que sou um rei em concebê-los.
Além de uns dedos em transe
Por querê-los junto a mim.
Depois... VERSE a eternidade...