Sensação estranha
Tento fazer uma viagem interior,
Não encontro estradas,
Está tudo desfigurado.
Eu quero pensar,
E não sai nada.
Desespero-me nesse vazio,
E nem as lágrimas caem.
Está tudo preso e consolidado.
Eu queria não saber,
Eu ambiciono me surpreender.
É estranho,
O silêncio quer me acompanhar,
Eu não desejo tê-lo.
Sem definições e metas,
Minhas intenções se embaralham.
Sento e me abraço.
Vejo meu egoísmo,
Eu cubro o que é meu,
E enxergo o nada.
Mas não estou só.
Penso em correr, gritar, andar,
Subir numa arvore, tocar numa estrela,
Abandonar essa passagem,
Ouvir outra música,
Meu disco está arranhado, estou cheia de marcas.
Estou precisando de uma página nova,
De canetas coloridas,
De borrachas e telas,
De descobertas inocentes,
De uma coragem para sorrir por pouco!