NESSA LACUNA...
 
 
Caminhei muito em busca de algo
para preencher essa lacuna.
Parecia mais um andarilho vagando
sem destino certo, sem abrigo.
 
Nessa incessante procura continue
até o momento certo de encontrá-lo.
Um pouco boba e abismada por
algo precioso, ganhei tempo.
 
Não percebi que cometia loucuras.
Desejava na verdade esse amor.
Com muita fé fui ao encontro
mesmo sabendo que as batalhas
poderiam vir e eu as enfrentaria.
 
Do escuro surgiu um clarão
iluminando os meus dias.
Pois ele ali estava diante de mim
com braços abertos, cheiro
gostoso como lhe era peculiar.
 
Esqueci humilhação para entregar-me
completamente sem deixar
lacuna ou vazio nos atrapalhar.
 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 11/05/2010
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