nada
nada
nem telefonemas
nem mensagens
nenhuma carta
viro madrugadas esperando
deixo a porta destrancada
as janelas abertas
numa paciencia de esparta
me pego deitado
sob as cobertas
quieto
de luz apagada
olhando pro teto
te esperando chegar
minha esperança não morre
e o que me ajuda um pouco
o que no fim me socorre
são essas lembranças
esse cigarro
e esse porre