ITAMBÉ TERRA QUERIDA

Esta é uma homenagem à Itambé-PR;

cidade onde nasci e 'desfrutei' de maravilhosa infância!

Vim rever-te, minha Terra;

Saúdo teu verde, sobre as águas do Ivaí.

A saudade em meu peito se fez quimera,

Das tantas primaveras que em teu seio vivi.

Na poeira das tuas ruas, que outrora,

Pegadas de menino eu deixei;

São marcas que construíram minha história,

É por isso, minha Terra, que eu voltei.

O Olavo Bilac, que às mãos de Eulália,

Os primeiros traços, no brochura rabisquei;

O teu hino, melodia que em meu sangue espalha,

São hoje versos, de um poema que sonhei.

Vim rever-te, minha Terra, minha sina.

Matar as saudades da casa de meus pais;

Banhar-me nas águas do ‘Keller’ e do ‘Bonina’,

Correr pelas pastagens, campos, e matagais.

Soltar pipa, maranhão sem rabiola,

Chupar manga, gabiroba e ‘Maria-preta’,

No campinho de terra, brincar de gude e jogar bola;

E aos domingos, o passeio de Lambreta.

O coreto, a igreja, a pracinha iluminada,

Onde tantas noites de pique-esconde brinquei;

O cinema do ‘Gigi’, o teatro da criançada,

Lembranças mil, que no peito eu guardei.

Vim rever-te, minha Terra,

Matar as saudades, curar os meus ‘ais’;

Doce infância, feliz primavera,

De um tempo distante, que não volta mais.