Um poema que se foi

Fui te buscar

na saudade de um encontro,

no infinito dos meus sonhos

onde palavras advindas

são de um poema que se foi

Deitei rimas no celeste azul

desalinhando métricas incertas

disfarçadas entre nuvens

a face oculta do teu eu

Foste do silêncio,

o meu tempo à deriva

compondo sons da alma

tocada com ávida emoção

São poemas que viajam

perdidos à beira-mar

como límpidas gaivotas

que alçam vôo para não mais voltar

Conceição Bentes

11/05/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 11/05/2010
Código do texto: T2249814
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