O ESPANTALHO

Eu não sou de espantar,

espantalho à espera do pássaro;

infeliz, mas atento a um olhar.

De repente um sol casual,

e um vento lacerante desfaz meus cabelos

no flavo infinito do milharal.

Olhos parados, alma vulgar,

imóvel, impávido, patético,

como bem disse eu não sou de espantar.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 25/08/2006
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