O ESPANTALHO
Eu não sou de espantar,
espantalho à espera do pássaro;
infeliz, mas atento a um olhar.
De repente um sol casual,
e um vento lacerante desfaz meus cabelos
no flavo infinito do milharal.
Olhos parados, alma vulgar,
imóvel, impávido, patético,
como bem disse eu não sou de espantar.