Entrei na sua sala e vi seus quadros reais
Surreais
Criados na sua alma
Com calma
Sem calma
Seus quadros pintados no chão de terra batida
Com cadeiras desfiguradas espalhadas
Um tapete amordaçado
Um canto simples e abençoado
O fogão à lenha aquece o ambiente
E com seu calor dá aquele toque de gente
De gente que gosta de beber caldo de cana
Gente humilde, mas que ama
O feijão preto sai do fogão à lenha fumegante
Ficou ali por horas, sem pressa
Como se estivesse olhando as estrelas
E a lua que um dia será de mel com sua namorada
A noite podemos dormir no quintal
Tendo por teto um céu de estrelas
Para aquecer, no lugar do fogão à lenha
Uma pequena e aconchegante fogueira
E assim poderemos brincar de sonhar
Um sonho simples e feliz
Um sonho recheado pelo sentimento amar