Oh! gaivota
A luz que cega
Esconde o seu esforço
Vejo por traz dela um poente sem calor
O pé de banana que se esconde
Deixa cada vez mais seu cacho dourado.
Não pude olhar diretamente
Mas no olho da gaivota
Eu brechei a magnífica visão
Como este momento parece devagar!
No céu uma nuvem moldo-se
E outra gaivota se pôs a aparecer
As duas voaram para o horizonte
Mas só uma se desmanchou.
Não foi a nuvem, pois o sol se foi
E eu não mais a vi
E nas sete cores do fim do arco-sol
A minha gaivota olhou-me novamente.
E a luz se foi...
Mas o esforço da gaivota
Não foi totalmente em vão
Pois eu estou aqui a ver as
Suas penas no horizonte.