Os poucos...

A verdade que vislumbra é a mesma que lhe convém,

Ou ainda aquela que tarda lhe abomina.

Amá-la-ei esta ou outra.

As filosofias robustas são como árvores grandes e fortes,

Entretanto são as ervas que compõem a massa predominante e regente.

Existem poucas árvores e muitas ervas,

O solo está ervado e repleto de venenos,

Tais como: o vilipêndio, a injustiça, a dor.

A ascética escassa não é assaz e os poucos estão morrendo.

A gnose consumisse frente ao poder e mata-os vagarosamente.

O pior é perceberem a futilidade no que fazem,

E continuarem fazendo.

A consciência fez-se demente em um momento de razão

E cada ser olhou para si,

Visando o aniquilamento de seu outro.

A alma nada mais é que um espelho interno coberto,

Os olhos são o reflexo do que foi possível descobrir,

Se ainda na visão é a dor que salientar-se,

Algo vasto morre adentro de cada um dos poucos,

E os muitos vivem desta mortificação.

Assinado: Um dos poucos...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 10/05/2010
Código do texto: T2247633
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