Os poucos...
A verdade que vislumbra é a mesma que lhe convém,
Ou ainda aquela que tarda lhe abomina.
Amá-la-ei esta ou outra.
As filosofias robustas são como árvores grandes e fortes,
Entretanto são as ervas que compõem a massa predominante e regente.
Existem poucas árvores e muitas ervas,
O solo está ervado e repleto de venenos,
Tais como: o vilipêndio, a injustiça, a dor.
A ascética escassa não é assaz e os poucos estão morrendo.
A gnose consumisse frente ao poder e mata-os vagarosamente.
O pior é perceberem a futilidade no que fazem,
E continuarem fazendo.
A consciência fez-se demente em um momento de razão
E cada ser olhou para si,
Visando o aniquilamento de seu outro.
A alma nada mais é que um espelho interno coberto,
Os olhos são o reflexo do que foi possível descobrir,
Se ainda na visão é a dor que salientar-se,
Algo vasto morre adentro de cada um dos poucos,
E os muitos vivem desta mortificação.
Assinado: Um dos poucos...