INTENSIDADE
Tem que haver uma saída
Uma espécie de porta embutida
Algum espaço onde devolva tantos sentidos
Alguma estrela onde eu deposite
Os suspiros
Os apelos
A voz da brisa a cantar baixinho
Uma melodia de tão bela, esquisita
Tem que haver um meio
Uma coluna como o braço de Deus
Um esteio
Tem que haver um paraíso
Onde eu abandone
O tesouro que me ofusca
Quem sabe haja um tempo
Um instante
Um raro momento
E revelado seja o motivo do tormento
***
Querida Celêdian, e pensar que eu quase deleto este meu texto metido a poema! Achei-o tão insignificante, vazio, pobre msmo. Vejo agora que estava enganada! Muito enganada! Se ele teve este poder de gerar versos em vc, penso agora que merece respeito.
Bjs e muito carinho, CELÊDIAN!
Existe sim, um lugar assim
onde olhos não são de ver
nem ouvidos de ouvir
onde dedos falam palavras
bocas murmuram sentidos
corações fibrilam emoções
onde agonizantes gritos se calam
onde o tesouro da alegria se esconde
e o pirata descobre o baú/saqueia-lhe as palavras dispersas
transforma-as em versos de ouro
cria e dá vida ao paraíso da poesia.