De tudo... duendes não existem
De tudo que escrevi,
de tudo que vivi,
eu quero que fique tudo
tudo embaralhado
tudo claramente confuso
porque a certeza é oblíqua
a verdade ofusca o que realmente é
De tudo que eu sou,
de tudo estou,
eu quero que vejam pouco
pouco menos do que deveriam
porque enxergar demais é ver de menos
e quando tudo é sensível, há pouco o que se adivinhar
Adivinhe certo
quando certamente erraria
que eu sei que nunca é fácil ficar
quando já não está
Mas de tudo,
escutar as vozes
ver os sinais
que nos enganam
e acreditar
porque é bom
porque é gostoso mesmo que não valha a pena
papai noel é quem estava certo...
duendes não existem