UM BRINDE NA TAÇA DA ALEGRIA...
Esqueçam-se de mim
todas as tristezas.
Não mais abrigarei
em meu peito
a dor doída
de tanto chorar.
Que o vento leve
como o sopro de um tufão
as pontiagudas pedras
abrindo passagem
por onde meus pés passarão.
Esqueçam-se de mim
todos os temores.
Não os guardarei
e não mais carregarei
seu peso em vão.
Livro-me de vez
das dores tantas.
As porei num canto
por onde ali
não mais falarei canção.
É tempo de festa agora.
Sobre minha cabeça
o céu azul anuncia o sol.
Tão meu e tão quente
a derreter e devastar
toda dor que sente
um coração ainda doente
e que de vez quer se curar.