[A Memória do Corpo]
Chuva noturna, calma, lenta;
no mata-borrão do teto,
essa vastidão de pensamentos...
A estas horas não-mortas,
o teu corpo dorme só,
e longe, bem longe do meu...
Ah... só?! E dorme mesmo?!
Tomara...
pois o meu, nem sei;
o meu [corpo], arde... pois,
a sua memória é tão viva,
e tão assim, e assim... tua!
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[Penas do Desterro, 08 de maio de 2010]