Procura

Onde estão as palavras,

nas cavernas do poeta,

fechadas pelo vulcão há milênios?

Onde estão os sentimentos,

na revolução do nasce e morre,

encapados pela noite ou pelo dia?

Onde estão os arrepios,

entre as unhas e a pele,

nas pontas dos dedos que apontam o nada?

Onde estão os anjos brancos,

entre nuvens negras e céu azul,

voando perdidos sem endereço?

Onde estão os sonhos bons,

na música que acaba e leva o momento,

e lava o rosto e risca a alma?

Onde estão vida, risos e emoção,

talvez na respiração que nos sustenta,

ou presos como cílios sobre os olhos,

testemunhando o mundo, sem lágrimas.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 09/05/2010
Código do texto: T2246695
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