Ei, Mãe! Estou ouvindo o Led Zeppelin agora
Saudade de você ficar ralhando comigo
E depois aceitar orgulhosa meus argumentos
Sobre quase tudo nesta vida (vi em seus olhos)
Saudade do cheiro daquele seu feijão
E daquela abobrinha recheada que era para mim
E não sei fazer igual, isso e muita coisa que você faria
Seu neto está trabalhando que nem gente grande
Sua neta mora sozinha num alojamento onde estuda
Música, mãe! Música! Não é influência minha, eu juro!
Mas o Led Zeppelin é do tempo de moleque
É muito barulho! Você dizia...
E tanta outras coisas que trouxe do passado na mochila
Vou por alho no arroz, ninguém gostava em casa, só eu
Eu bem que me lembro das nossas conversas, mãe!
No fim das contas era sempre sobre a vida...
E do seu sorriso de quem desconfiava e sabia
Que a vida de hoje e a de ontem são as mesmas
Só que com mais tecnologia...
Sim, eu estou feliz, minha mãe, acho que estou
Menos por essas coisas da vida e mais por teimosia!
Sim, você se foi depois de mais uma primavera
E todos ficaram num longo e tenebroso inverno
Mas vou tentar cuidar de tudo falando-lhes do verão
E de que quem parte nunca vai sem deixar nada...
E perdoa, Mãe, a singeleza desse presente
Que não é nada fácil de embrulhar...
Saudade de você ficar ralhando comigo
E depois aceitar orgulhosa meus argumentos
Sobre quase tudo nesta vida (vi em seus olhos)
Saudade do cheiro daquele seu feijão
E daquela abobrinha recheada que era para mim
E não sei fazer igual, isso e muita coisa que você faria
Seu neto está trabalhando que nem gente grande
Sua neta mora sozinha num alojamento onde estuda
Música, mãe! Música! Não é influência minha, eu juro!
Mas o Led Zeppelin é do tempo de moleque
É muito barulho! Você dizia...
E tanta outras coisas que trouxe do passado na mochila
Vou por alho no arroz, ninguém gostava em casa, só eu
Eu bem que me lembro das nossas conversas, mãe!
No fim das contas era sempre sobre a vida...
E do seu sorriso de quem desconfiava e sabia
Que a vida de hoje e a de ontem são as mesmas
Só que com mais tecnologia...
Sim, eu estou feliz, minha mãe, acho que estou
Menos por essas coisas da vida e mais por teimosia!
Sim, você se foi depois de mais uma primavera
E todos ficaram num longo e tenebroso inverno
Mas vou tentar cuidar de tudo falando-lhes do verão
E de que quem parte nunca vai sem deixar nada...
E perdoa, Mãe, a singeleza desse presente
Que não é nada fácil de embrulhar...