Entrego os pontos
Entrego os pontos, me desarmo
Infeliz que sou, um bastardo
Entregue a sorte ou ao diabo,
Um tolo a imaginar-se amado.
Infinidade de erros, condenado
À própria loucura, um tresloucado
Que pensa em não pensar, desolado
Por se fazer e ainda não ser notado.
Degraus desço, desconsolado
Por noites frias, um fracasso
É o que me vem à mente, embasbacado
Pela inútil vontade de ser desejado.
Sim, confesso, eu fui desajeitado
Entregando os pontos e os cortes fechados
O sangue não mais escorre, ficou manchado.
Pena... eu realmente estava apaixonado.