A Canção de SOPHIE
voce ri sozinha
distante e perdida de si
olha no espelho os restos de sua geração
caminhando em subversão
os doces anjos são apenas papel
ao léu, voando como cisnes de um lago de incertezas
ah.. doce sophie
triste menina, a canção permanece
ainda entristece a quem ouve, sem iludir
rasgando o coração
parece uma reinvenção do proprio existir
uma especie de elixir que faz sangrar os mais profundos ferimentos
veja, a aurora desperta
a porta aberta, a sala vazia
correu sem deixar trilha, vagou pelos poemas
do mundo só leva a decepção
essa dor no coração de quem acorda acreditando na vida
alma sofrida que baila pelas lágrimas da canção
sophie, sua canção ganha os mares
derruba os altares da inercia sentimental
Ah dríade, suas cores enxarcam meu céu
me livra desse mundo cruel e me leva a mim
assim, meus sonhos de garoto se refazem
despertam em mim nova coragem pra despertar
quando as janelas desse novo tempo se abrirem
quando as cortinas da incompreensão se rasgarem
ao longe as vozes gritarão liberdade
um sentimento alem da verdade,
um novo brilho no olhar
sinta, um novo choro
como sigela trenodia, linda melodia
essa dor acústica, presa na música
que esvai de nossos corpos, fluindo preces dos poros
perceba nas entrelinhas, o abraço oculto na devoçao
o sangue do meu coraçao que irriga seus dias...