NO TEMPO DE MARIA

Nesses litorais estanques,

rapazes de boas convicções,

apetecem julgar excessivas suposições,

à urna das minhas interseções.

Siderada nas praias,

uma menina!

Ainda presente entre cigarros,

revelações e vigílias.

Sóis mitológicos

e utopias me umedecem.

Flagrantes licenciosos,

entre garbos

e garridas canalhices,

compõem-se aos meus lascivos horizontes,

e me empalidecem.

Ficções fractais, intra-humanas;

camélias salientes e mataranas,

aplanam variantes inconscientes,

insinuáveis à minha sujeição latina.

Visto, no porvir,

inscreva-me talvez, tuas ondas rijas:

sistemas, guerras e jugos historicistas.

Da arca diluída

– só minha!

Dera-te num sonho.

Era tua e hesitante,

nas camadas d’areia;

sob tornados arfantes;

nas ressacas farsantes.

E vertia-me da lapa peregrina,

um reinício quimérico:

sangue da vida!