Águas do Desconhecido

Estive muito tempo submerso,

Dentro do oceano das minhas vaidades,

Escondidos por águas de tristeza,

Por não conseguir me encontrar.

E nadei buscando uma ilha de felicidade,

Onde encontrasse a alegria,

Como num filme romântico,

Quando só se vale a pena estar a dois.

Contudo não havia ilha, ou terra seca,

Só uma solidão que teimava em me seguir,

E por mais braçadas que eu desse,

Nunca findavam estas águas.

Restou-me apenas boiar,

Esperando pela morte ou pelo socorro,

Foi nessa hora que enxerguei,

O brilho do sol estava o tempo todo sobre mim.