A esperar
Um dia se passou como se fosse nunca
Um tal vento gelado ainda me incomodava
Meu cabelo molhado escondia expressões
Minha mão escrevia, e só escrevia
Sem almejos ou desejos
Não havia mais reguladores
E eu acabava estando em todos os lugares
Invadia o restrito
Cego, como de praxe, fui apenas mais um dia
Relaxado, avulso, solto
Nesse instante sempre há uma ruptura
Sempre houve
Cético, incrédulo, já não sou mais
A ciência desaparece em letras de forma
Em formas de expressar
Em metáforas carregadas de sentimentos
Que eu já não conseguia levar comigo
Esse sempre foi o meu abrigo
Esse lado obscuro, o qual não se enxerga
Comparado com o oposto da lua, seu lado sem luz
Que eu ainda prefiro acreditar que é o mais iluminado
Já não sou, já passou