VÍSCERAS (para a Serpente Angel)
Não
De forma alguma exponhas as vísceras
Jamais
Paga
Cobre com o lençol dos versos
Antes um batom do mais vermelho
Roupas diáfanas
Coloca sobre o caixão uma taça de vinho tinto
Todas as rosas do mais intenso bordeaux
Não
De forma alguma digas
Não demonstres
Esconde-te em tua infinita grandeza
Morra em silêncio
Afastada como elefantes
Não permita
Impede
De alguma forma proíba
Fecha a porta
Por coisa alguma se admita
Mesmo que a poesia traia
E a bandeira da dor desfralde
Risca