Embriaga-me a poesia
Pode parecer loucura
Até fraqueza ou ilusão
Mas para mim é cura
Da ausência e solidão
Fazer versos loucos
Rimas pretensiosas
Sorver poesia aos poucos
Em taça de vinho preciosa
Embriaga-me, liberta-me
Quando me percebo outro
A madrugada me absorve
Então, desejo um tesouro
Não são jóias nem pérolas;
Nem ouro. Tudo se resume
Em incríveis sons: Palavras.
A verdade Poética assume
Em nova realidade
Esta eterna poesia
Que não tem idade
Assume e me vicia
Seduz-me com sua luxúria
Teu perfume sinto na alma
Paixão e amor se misturam
A poesia sempre me salva
Embebedo-me deste vinho
Sem saber como voltar
Pois nunca sei o caminho
Alma flutua, paira no ar
E quando vejo escapa
Veloz a mente viaja
As taças estão cheias
Sou barco a velejar
O vento que inspira
Me faz outro mar
Nos céus da poesia
Eu sei que é amar.
A poesia sempre me salva.