LOUVOR À ESPERANÇA
Nasce a fonte cantada a borbulhar...
De inicio é um fio pobre de água mansa,
Mas porque espera, serve e não descansa,
Desce ao bojo do rio e acha a glória do mar.
O charco espera a mão do lavrador
E, um dia, plasma em lama, lodo e estrume...um
Jarro gigantesco de perfume a confeitar-se de flor.
Nota que a porcelana aprimorada
Foi barro que aceitou a disciplina...
A pérola mais fina
Veio da dor da ostra torturada.
O violino que atende e se consome,
Para dar a melodia apoio e desempenho,
Não passava de um pedaço de lenho
Em floresta sem nome.
Deténs meu amigo e pense nisso;
No mundo que há de belo, grande e santo,
É persistência e esforço canto a canto,
Da esperança em serviço.
Empenha-te em servir, amar e tolerar,
Lembra-te que o próprio Deus no mais alto conceito,
Em tudo é sempre amor puro e perfeito...
Nunca a esperança se cansa de esperar.