LOUVOR À ESPERANÇA

Nasce a fonte cantada a borbulhar...

De inicio é um fio pobre de água mansa,

Mas porque espera, serve e não descansa,

Desce ao bojo do rio e acha a glória do mar.

O charco espera a mão do lavrador

E, um dia, plasma em lama, lodo e estrume...um

Jarro gigantesco de perfume a confeitar-se de flor.

Nota que a porcelana aprimorada

Foi barro que aceitou a disciplina...

A pérola mais fina

Veio da dor da ostra torturada.

O violino que atende e se consome,

Para dar a melodia apoio e desempenho,

Não passava de um pedaço de lenho

Em floresta sem nome.

Deténs meu amigo e pense nisso;

No mundo que há de belo, grande e santo,

É persistência e esforço canto a canto,

Da esperança em serviço.

Empenha-te em servir, amar e tolerar,

Lembra-te que o próprio Deus no mais alto conceito,

Em tudo é sempre amor puro e perfeito...

Nunca a esperança se cansa de esperar.

Delza Breder Nolasco
Enviado por Delza Breder Nolasco em 05/06/2005
Código do texto: T22379