Reflexo de Mim
 
E agora, como de tempos em tempos
Tu retornas a me assombrar,
Tu retomas meus medos mais humanos
E revives como só tu sabes,
Meus piores tormentos.
 
É como mergulhar num passado  distante
E ver com meus olhos secos
A distância imensa que se instala
Entre o homem que hoje sou
E o ideal galante dos meus sonhos
Dos tempos de antes.
 
Como ainda tenho forças
Questiono-me intensamente
De onde vem esse parasita insistente
Que me corrompe os sentidos
E me desnorteia, desorientando
Minha mente.
 
Mas vejo chegando enfim
O momento final
Em que frente ficarei
Com meu algoz imortal
Que com infernal desvelo
Revelará como que num macabro espelho
O reflexo de mim.
 
040510
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 04/05/2010
Reeditado em 11/05/2010
Código do texto: T2237642
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