Noite insone, insana,
sem sono, sem calma, passada às vagas.
Calor abafado, suor, velhas feridas
novas chagas.
O corpo cansado amanhece,
padece, esmorece
carece
de ti.
Olhando à janela,
a vida que segue, que passa,
novela.
Novela?
Seria mais dramalhão mexicano,
se não fosse outro ano
que passo assim.
Mas passa, enfim,
do jeito que for,
com sorriso ou com dor
ele passa por mim.