O nosso eu

Sou o tocar das horas

nas mãos insolúveis do tempo,

ou a força desmedida do mundo

que ressoa dentro de nós

Somos um todo incompleto,

a saudação do sol invernal,

a espera de um amanhã tardio,

uma sombra que se encontrou

e no vento se desfaz

Meu eu mergulha em névoas

como se fosse um ser no nada,

ou a surpresa de cada compreensão,

que vai se juntando

na construção do ir sendo e nada mais

Conceição Bentes

04/05/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 04/05/2010
Reeditado em 04/05/2010
Código do texto: T2236474
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