poemas transversais 2

aprender a medir

e a olhar

a escrever tão simples quanto

quem fala ou dorme

ou se deita

na praia na grama no sofá

da sala e observa

a vida passando

na tela na janela na retina

aberta

a poesia a brisa o mar

respiro a saudade e transpiro

durante as insonias nos pequenos calvários diurnos

esta angustia de saber ou supor

mas não ver direto aqui agora

a verdade luminosa

nem me fale

nem eu nem ela

a lua de banda

a rua toda clara

a noite no fundo não passa

de água

e o dia é uma enorme

fogueira

onde a realidade arde

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 04/05/2010
Reeditado em 15/11/2010
Código do texto: T2235986
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