MINHA ARTE
Passo a passo,
piso no piso, sigo
avenidas de pedras brutas
desatinadas,
passo, deslizo,
as palavras foram desacreditadas,
minha arte agonizou no tempo
presa nos confins dos camarins,
solitaria ensaiou, protagonizou a vida
na ribalta escurecida
a espera da luz dos mandarins;
A velocidade do tempo atravessou meu tempo,
agora minha peça tem pressa,
rabisquei o desencanto com a tinta da certeza,
reescrevi o encanto com a pena da sabedoria,
se a grife da letra me encanta
a exuberância do verso é ousadia,
o texto revela a rebelde rebeldia
e nas linhas do contexto,
não preciso de nenhum pretexto,
sou o próprio;
Desconserta-se o douto literato,
diante de tamanha alforria,
porque o primeiro ato
é fato, é feito, é certo,
se o tempo é escasso
acelero o movimento no espaço,
registro a emoção no meu desabafo,
minha arte ganha órbita,
sento, sorrio e autografo.
ANDRADE JORGE
jan/2005
Passo a passo,
piso no piso, sigo
avenidas de pedras brutas
desatinadas,
passo, deslizo,
as palavras foram desacreditadas,
minha arte agonizou no tempo
presa nos confins dos camarins,
solitaria ensaiou, protagonizou a vida
na ribalta escurecida
a espera da luz dos mandarins;
A velocidade do tempo atravessou meu tempo,
agora minha peça tem pressa,
rabisquei o desencanto com a tinta da certeza,
reescrevi o encanto com a pena da sabedoria,
se a grife da letra me encanta
a exuberância do verso é ousadia,
o texto revela a rebelde rebeldia
e nas linhas do contexto,
não preciso de nenhum pretexto,
sou o próprio;
Desconserta-se o douto literato,
diante de tamanha alforria,
porque o primeiro ato
é fato, é feito, é certo,
se o tempo é escasso
acelero o movimento no espaço,
registro a emoção no meu desabafo,
minha arte ganha órbita,
sento, sorrio e autografo.
ANDRADE JORGE
jan/2005