MELANCOLIA

Sinto uma melancolia que me empurra ao poema.
Uma força motriz,
invisível,
porém sentida.

Os versos brotam da melancolia da vida,
da saudade,
de um momento de descanso;
ou de cansaço.
Somente quando inevitável, é que de quando em quando eu faço
um poema.

Vida serena,
que segue.

O poema é interrupção,
coisa inútil
e leve.
Coisa útil
e entregue,
do poeta ao mundo,
em um segundo,
ou em horas.
Deus sabe como custam os poemas
a sair da cabeça
e tingir o papel.

Melancolia.

Desta palavra tão vazia
e cheia de sensações incertas
é que nasce minha poesia
e deságua em mim o poeta.

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Leonardo Schabbach
Enviado por Leonardo Schabbach em 03/05/2010
Reeditado em 05/05/2010
Código do texto: T2235121
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