Síndrome de Estocolmo.
Minha musa tem olhos de promessas
Onde todo silêncio do desejo
Descontraí na sevícia que há no beijo
Quando toda poesia recomeça.
Meu destino quer provas às avessas
Quando a lágrima brilha no gracejo
Quando o tempo esgotado de um lampejo
Quer na pele o que foge da cabeça.
Tua boca: o sal da minha míngua,
Faz saber do calor que vem na sede
Soberano fervor que traí na língua.
Pelo tanto que cala quando cede
Nesta dor tão gentil que dói amiga,
No prazer sem igual que o corpo pede.