A BRISA DA MANHÃ
Sinto uma leve brisa soprando,
desde muito longe, lá do horizonte,
chega de mansinho e bem defronte
da minh’alma ela acaba parando.
As janelas abrem-se de mansinho,
sentindo também a força da brisa
que, embora suave, ela ainda alisa,
os meus cabelos em desalinho..
Que caminhos percorre ela, enfim,
para chegar aqui, onde eu estou?
São muitos e tantas flores ela roçou,
roubando-lhes o perfume para mim.
Olho então, pela janela e vejo um dia
de chuva fina que já vem nascendo,
mas, um prenuncio bom vem trazendo,
encharcando a minha vida de alegria.
Marco Orsi
02.05.2010