Marquises
Quando vi o rosto nu ,
do homem morto no espírito,
e no corpo, senti minha culpa.
Não necessitei de uma lupa,
pois, as letras da miséria,
são gigantes, e é pilhéria,
mentir que somos cegos.
Quando bebi o gosto cru,
do homem sujo na pele,
pedi à luz do dia,
para revelar na urina,
o frio da má sorte.
Sua fêmea, também morta de sonhos,
não necessitou de e-mail,
para transferir o líquido do seio,
o leite pardo, que servia ao filho.
Meu Deus!
Diga como devo dar cor à minha covardia,
como tecer vida por debaixo do software,
e lançar palavras leves que pesem a cidadania.
Às vezes gostaria não sonhar,
e não brincar de humano!