Amor pagão

Amor,
Esperança maldita
De um sonho irresoluto da alma!

Quando próximo,
Clama pela liberdade perdida;
Quando ausente,
Vagueia pelas teias da paixão.
Suas presas cravam na carne!
Frágil, a razão bate as asas,
A alma padece em silêncio seus medos
E o corpo queima de desejos

Sua espreita é paciente
E o tempo que se perde vale a pena
Quando há certeza do encontro.
É o amor se acasalando com a razão,
Num ínfimo espaço de tempo.
Tentação...

Não é mais amor
É paixão, é efêmero
São almas subjugadas pelo físico
Doces momentos... apenas
Sobrevivemos...