No álcool, na lua, ver ela nua!
Eu não aceito conselho
Quando você vir me dizer
Que o álcool não posso beber
E a lua não reflete no meu espelho.
A combinação certa para dizer
Que estou sozinho no meu lar.
Agora não posso reclamar sem par
Mas assim a escuridão hei de ver.
Vermelho como magma aqui estou.
Não sei se brilho mais que a lua
Ou se penso no meu amor quase nua
E contemplar o beijo que ela me roubou.
A como eu queria beber na lua
Onde o tempo não se esconde
E ver na minha sepultura: “Aqui dorme um conde...”
Bem no cemitério que fica atrás da lua.
Vejo a terra lá na altura
Tão pequena a bela nua
E desta vez menor que a lua
Pois quando bebo sou cheio de amargura.