Bilhete Na Mão
Gosto de pensar que sou livre
Embora seja nos sentimentos secretos.
Liberdade em seu teor quem a tem?
Preso às limitações, sou de fato um sonhador...
Um ser vestido de homem, alma infantil
Desnudo de visões complexas.
Desconfio, porém, existir uma liberdade ímpar
E por isso aguardo paciente na fila, bilhete na mão.
Quando da minha vez não faço questão de lágrimas e lutos
Mas que sintam num breve silêncio em oração o meu abraço.
Que o Tempo, nosso bom e velho analgésico
Amenize as dores dos verdadeiros companheiros.