ARISA
Arisa parece o demônio.
Se o mal é sedutor, ele fala italiano.
Arisa é neolatina,
Arisa é a menina e é o vetor.
Se o mal sabe ser complexo,
sabe falar de amor.
Arisa parece um robô.
Parece ter Berlusconi de ventríloquo.
E parece falar em latim, poetizá-lo.
Ouço e percebo,
uma coisa e outra entre as vogais
cantadas lindamente...
Arisa não é conservadora.
Arisa representa um Império.
O parecer estar sério...
O povo italiano deve ser feliz...
E agora, por engano, eu também;
e quem vir no youtube.com
Arisa parece o demônio!
Sua boca imperfeita,
sua roupa imperfeita e tudo.
Na comparação com o que lhe sai,
com as ondas que vocifera,
tudo é ruim...
Arisa parece um fetiche.
Parece uma nova moda de pena,
da mocinha cujo talento
vence a inócua aparência.
E que tem uma lição moral
judaico-cristã a nos ensinar.
Arisa, se é o mal, me contagiou.
Antes isso do que o tédio.
Orgulho de pensá-la complexa,
como penso a Natureza
e todos as coisas que sinto,
que me fazem feliz e me encantam.