NILDE
Se souber que alguém que conheço vai ler,
eu travo!
À vergonha, comprometido meu ser:
escravo...
A ver navios, meus mares em mim:
eu não disse o que queria;
dou importância à maneira com que o outro diz
– à forma.
Se souber que alguém que conheço vai ler,
eu travo!
Todo fel ao trabalho das centelhas, coméias:
favo.
Sai tão modulada e medida minh’expressão.
Suprimida da minha beleza,
baianidade da pele do sorriso e voz...
– fôrma.
Ao caos, ao porto, sob as ondas ou sendo-as...
percolo pelo açúcar que forma a terra,
contra o sal que faz amar.