INTRIGAS

As línguas quando saem do céu

da boca e querem ser dentes

para ferir e devorar ao léu

igualam-se a cruéis serpentes

Na inveja ela se fia e se amola

para cortar e fender a alma

daqueles que sua sonhada paz assola

sem saber porque lhe tira a calma

Esse veneno imoral não tem outro nome

pois planta, até entre anjos, a discórdia

mas nada colhe essa tal de mixórdia

Se nasce algo tão cruel da boca do homem

a intriga não é simples, nem guerra fria

mas a briga ardente com sua própria agonia.

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 30/04/2010
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