INTRIGAS
As línguas quando saem do céu
da boca e querem ser dentes
para ferir e devorar ao léu
igualam-se a cruéis serpentes
Na inveja ela se fia e se amola
para cortar e fender a alma
daqueles que sua sonhada paz assola
sem saber porque lhe tira a calma
Esse veneno imoral não tem outro nome
pois planta, até entre anjos, a discórdia
mas nada colhe essa tal de mixórdia
Se nasce algo tão cruel da boca do homem
a intriga não é simples, nem guerra fria
mas a briga ardente com sua própria agonia.