Enchente
Chegou de mansinho
Será passageira?
Depois de algum tempo
Que fortes goteiras!
E então veio o medo
Como monstros, já vimos
Enchentes malvadas
Choramos, sumimos
São gritos, são lágrimas
Do povo cansado
Caindo, perdendo
Na dor, abraçados
Cor, já não existe
Tudo fica cinzento
Sem teto, com fome
Dormindo ao relento
E o sol que aparece
Depois da tragédia
Parece anunciar,
Passou, recomeça!