Enchente

Chegou de mansinho

Será passageira?

Depois de algum tempo

Que fortes goteiras!

E então veio o medo

Como monstros, já vimos

Enchentes malvadas

Choramos, sumimos

São gritos, são lágrimas

Do povo cansado

Caindo, perdendo

Na dor, abraçados

Cor, já não existe

Tudo fica cinzento

Sem teto, com fome

Dormindo ao relento

E o sol que aparece

Depois da tragédia

Parece anunciar,

Passou, recomeça!

Malu Dab (Maria Lurdete)
Enviado por Malu Dab (Maria Lurdete) em 29/04/2010
Reeditado em 29/04/2010
Código do texto: T2227885
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