Minha poesia veio do nada...
Uma noite, com tanta sede, levantei
Ela dormia embaixo da escada
Magrinha, mirrada, faminta
— Vamos entrar! Eu convidei
 
Ela acordou um tanto assustada
Arisca, de um pulo estava de pé, atenta
Fiz um café, servi pão com manteiga
(Ela preferia com margarina e chocolate)
Conversamos a madrugada inteira
De onde ela veio, eu sei, nem perguntei
Veio do nada para ter chegado sorrateira
Ficou por aqui e eu me acostumei...
 
Hoje alegra minhas noites com suas visitas
Vistosa, satisfeita, muito falante e corada
Sempre tem chocolate e pão com margarina
Despede-se na primeira hora matutina
Promete que volta e se vai sem me pedir nada

(Um pouco por culpa de um tópico no Laboratório de Criações Coletivas, postado por Kate Weiss)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 29/04/2010
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T2227134
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