Casinha da árvore encantada
Saudade e imaginação
Que boa recordação.
Na casinha inusitada de minha infância
Peteca de penas coloridas
Feita pela minha avó.
Achava que elas viajavam aos céus Quando não voltavam,
Cobria as muven em sete véus
Depois aparecia o arco-íris.
Minha avó adorava ficar na casinha
Penteava meus cabelos, fazia tranças
Dizia que não iria me deixar sozinha
Ali ficava, e enfeitava a casa com rosas e margaridas.
Sentava num banco igual ao das praças
Costurava roupas para minhas bonecas.
Imaginava que elas falavam, eu respondia
Hoje a casinha de asas tem alma e graça.
Leva-me para outro universo
Fazendo o meu viver em verso.