TOLICES
A lamentar aqui estou
mas desbravo os caminhos
choroa dor do tatuador
a invejar coragem
da pele de que aceita a sina
do sinal
quero gritar ao cantos
desencantos de meu eu
mas não estou mais em mim mesmo
estou confuso a esmo
troco de palavras
faço fogueiras veladas
na intensão de um salvador
saio, fico, brigo e me desculpo
não me ocupo, me ocupam
teço tapeçarias raras e caras
brinco de ser prisioneiro do amor
arranco as raizes
estanco minha fala
fala por favor
agora alivio a dor
quem me escuta e lê
pode até não crer e entender
mas acredite, respeite
aceite e se puder deleite
se não puder
lave a loça e sai devagar
sem fazer barulho
que eu me arrumo
parto para novo rumo
contanto que a dor
só volte amanhã