POEMA À FILHA TATI

Certo dia 28 de abril

recebi uma bênção

definitiva e eterna,

vinda através de um ser

tão frágil e pueril

que povoou meu viver

com incomparável emoção

de sensações tão ternas,

a tocar meu coração...

Naquele momento sem par

os olhos não suportaram,

senão a derramar lágrimas

que ao meu controle escaparam,

eram tempos de canetas-tinteiro,

e na mente, como se fosse uma fila

em primeiro lugar estava um pequenino ser

diante de mim e do mundo inteiro...

e as lágrimas se misturaram à tinta azul

borrando o branco papel

onde escorria poesia

como chuviscos do céu

com tamanha doçura,

lembrando ternura de abelha

no dom do fabrico do mel...

enquanto da mãe saía nossa filha,

de mim, ela então explodia,

como promessa ou jura,

palavra e alma que produzia

o alívio da dor numa cura!

E ali, então, anotei...

"Com o tato,

fiz o teto pra ti,

Tatiana....

contigo tive trégua

e entrego o que trago,

um estandarte, uma mensagem:

guarda em ti uma certeza:

um punhado de coisa pouca

faz uma riqueza!...

Nunca te apresses,

crê no amor, ele acontece...

toma contigo o amor...

faz desse amor uma arma

contra toda maldade...

AMA COM FERVOR O AMOR!!!" (28/04/1972)

(do jeito do meu amor de pai).

(Parabéééns, filha querida! Pena que eu não possa estar aí para ajudar a soprar sua velinha e provar (comer não posso) do bolo. Deus cubra você e seu núcleo familiar de bênçãos, livrando de todo o mal e beneficiando com todo o bem. Estamos longe dos olhos e perto dos sentimentos dos nossos corações... beijos, também aos meus queridos netos).

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 28/04/2010
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