Meu olho escancara
Meu olho escancara, sem qualquer reserva, o que sou.
Mergulha, então, nas minhas janelas.
Revira, sem pudor, as minhas gavetas.
Sou inteira e nua, aberta e exposta.
Mas olha de novo amanhã,
e depois de amanhã,
e também depois...
entende o meu avesso.
(Julho de 2009)