Noite azul...

A chuva caia fininha... Banhando a face que se escondia...
À vidraça... Pensamentos que paiaram... Um adeus, nas entrelinhas... Um riso lento, aterrizando no passado.
Movia luas... Apressava cada ato... Avisava das encruzilhadas...
Mas, nem sempre o dito é percebido... O movimento é extremamente lento.
Ando pelas esquinas... Agora, apenas minhas.
O vento surrupia... São tantas as marias.
Calçadas... Pedras... Montanhas... O vaso quebra, diante do reflexo escondido.
Saberíamos tanto de tudo... Moveríamos o mundo com um beijo... Serenata na praça...
Ouço sinos.
Vejo a chuva que cai... Na madrugada seleta...
Alpendres protegem os meus olhos... Tudo bem envelopado.
Quantas pessoas colocam coisas em caixas, nas madrugadas...?
Uma viagem... Mais uma, nas armadilhas do destino...
Quem disse que AMAR é fácil?...
Rodo por esta leitura, em pétalas...
Ouvi o teu chamado... Agora, não tenho pressa.
Convicções... Conexões?... Moldes e rascunhos de um futuro em banho-maria...
E...Elas dançam sob a luz do candeeiro... A taça ainda cheia...
Eu que me esvazio, então...
Ah! As coisas ditas, nas madrugadas que lançam o que estava nas mãos.


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