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De repente o gelo queimou como fogo,
O vento de tão suave cortou o meu rosto.
E a vida morre proclamando a sorte
A minha sombra corrompe a água serena.
Mas nada há de fugir no vale da água.
De repente o mundo caiu no fôsso.
A minha cabeça explodiu
E o som surpreendeu o deus do inferno
E todos vieram a tona
Gabar do nosso momento imóvel.
De repente os animais escandalosos fugiram
Eu que era um cisne não sou mais nada
Como pode o fim começar agora.
Apollo cante para o deus da morte.
Bebi da água do rio naquela noite.
Não me lembro quem sou
Sei que sou um cara sem sorte
Que bateu no rosto da morte.
Quem sabe a morte seja o meu infinito...
Quem sabe o infinito não dure com a morte...
Quem sabe ao menos para que lado ir, quem sabe?...