QUANDO AS ALMAS DORMEM

Quando vem à noite na vastidão

da escuridão, as almas dormem.

Em desenfreados desatinos embalo

e falo com meus sonhos, não sonhados.

Pereço desse amor a cada instante,

na incessante busca do meu perdido afago.

Sinto-me vago, só minha sombra transita,

E se infiltra nos labirintos de meus sentidos.

Busco te encontrar em cada nova melodia,

Que a fantasia entoa como um doce lamento.

Junto um sentimento aflora e me atormenta,

deixando sedenta a minha boca vazia.

Só me resta esquecer que estou vivendo,

e fico querendo que o dia logo apareça.

Quando na vidraça surge o primeiro raio de luz,

ele me seduz e acalma a minha alma.

marco orsi