Cintilações*
Espero-te na nudez de um poema
No tule da vontade
Sou noiva no campanário do verso
Quando caminhas nos corredores
Do meu corpo frouxo e doce
A organza e o cetim rezam
De luvas, a pelica do céu,
As minhas mãos serenas
Aguardam tuas carícias
Como pingos mornos de letras
Eros traz a rima perfeita
Nos dedos que vestes-me
De estrofe e solfejo
A nossa Lua tange e geme
Um bordado, fio de seda
A Poesia vive no cintilar da estrela
Karinna*
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